quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Centros comerciais a céu aberto – um tema emergente em Portugal

Em Portugal, a experiência, no que se refere à criação de Centros Comerciais a Céu Aberto(1), apesar dos esforços evidenciados no sentido de sensibilizar e mobilizar as partes potencialmente envolvidas, é ainda algo incipiente.

Apesar de ser um tema que esteve subjacente aos Projectos de Urbanismo Comercial (2), o que é facto é que tal necessidade, ou seja, a gestão integrada do Projecto, e dos seus resultados, nunca terá sido verdadeiramente sentida pelos seus promotores, naquilo que poderá ser o reflexo de uma falta de visão global e estratégica da problemática do comércio a retalho em espaço urbano.

Um dos modelos de gestão (Reino Unido) mais citados, assente numa metodologia susceptível de mais fácil aplicação ao caso dos processos levados a cabo no nosso país (ao abrigo do PROCOM e do URBCOM), baseia-se numa Matriz (denominada Matriz dos 4 A´s), que define quatro áreas, identificadas como críticas, por se constituírem como dimensões cruciais para o sucesso de um processo de revitalização comercial do centro das cidades: Acessibilidade, Atracção, Animação e Acção.
Factores que influenciam os 4 A's da Matriz





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Notas:

(1) Um Centro Comercial a Céu Aberto pode ser definido como um agrupamento espacial de estabelecimentos comerciais em espaço urbano delimitado (em geral nos denominados centros históricos das cidades), que apresentam uma imagem uniforme em termos de oferta global da área mediante: prestação comum de serviços, cumprimento de um mesmo horário, uso de um logótipo, implantação de mobiliário urbano que a identifique e distinga, prestação conjunta e integrada de actividades de ócio/lazer e animação cultural, etc.…
(2) Programa de Apoio à Modernização do Comércio (PROCOM) – al. a), nº1, art. 26º, DL nº 184/94 e Urbanismo Comercial (URBCOM) – Portaria nº317 – B/2000.

Texto da autoria de João Barreta
(baseado em “Comércio, Cidade e Projectos de Urbanismo Comercial”)

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