terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Responsabilidade Social e Ética das Empresas

Hoje em dia, uma cultura empresarial forte, assente em princípios económicos sólidos tem que ser desenvolvida, não à parte, não contra, mas com a incorporação de valores de responsabilidade social.
De acordo com a definição apresentada no "Livro Verde", adoptado pela Comissão Europeia (2001), a responsabilidade social das empresas é descrita "como a integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte das empresas nas suas operações e na interacção com outras partes interessadas".
A relação entre o êxito económico e a actuação socialmente responsável das empresas deverá ser entendida do seguinte modo: a responsabilidade social associada ao exito económico contribui para a sustentabilidade das empresas. Por esta razão, é importante encarar a responsabilidade social como elemento integrante do desenvolvimento estratégico a longo prazo, como um investimento estratégico, tal como o são o marketing, os equipamentos e o desenvolvimento dos produtos.
Deverá, pois, ser alcançado um equilíbrio entre sustentabilidade das empresas - capacidade de sobreviver e prosperar - e desenvolvimento sustentável em geral, com os seus três aspectos - económico, social e ambiental.
A responsabilidade social das empresas é , por definição, de carácter voluntário. Muitas das opcções empresariais de responsabilidade social assumem, inclusive, uma dimensão filantrópica. Outras, porém, revestem-se de natureza ética, e existem quadros definidos nesta matéria, como sejam códigos de conduta, cartas de direitos, rótulos de qualidade, etc, através dos quais são definidos e assumidos comportamentos responsáveis para com as partes interessadas - clientes, fornecedores, trabalhadores - e a comunidade.
É no plano da ética que surge a questão primordial da responsabilidade social das empresas e, por vezes, a moral compensa materialmente, apresentando-se ela própria como factor de competitividade.
Os valores desta ética pautam-se pela recusa em recorrer ao trabalho infantil, por uma nova forma de gestão dos recursos humanos e uma especial atenção à higiene e segurança dos locais de trabalho, por um diálogo com a comunidade onde se insere, pela recusa em recorrer ao sacrifício de animais para a produção de cosméticos ou à utilização das suas peles para o vestuário.
No século XXI podemos já falar de uma Ética Sustentável cuja matriz se caracteriza pelo respeito pela Natureza, a que subjaz uma preocupação com a degradação ambiental que deverá ser resolvida de forma colectiva para bem da sociedade.

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